sexta-feira, 31 de agosto de 2012

É possível ficar viciado em aparelhos eletroeletrônicos?


A resposta ao questionamento acima é: Sim. Podemos nos tornar viciados nesse tipo de aparelho e o que é pior: o uso em excesso pode nos trazer uma série de prejuízos. É o que mostra uma reportagem de junho deste ano da Revista Época: O Celular que escraviza http://revistaepoca.globo.com/vida/noticia/2012/06/o-celular-que-escraviza.html, apenas para citar um desses aparelhos engenhosos criados com o avanço tecnológico.
Não queremos aqui defender a não utilização de tais inventos. Sabemos que muitas dessas invenções vieram facilitar a vida do ser humano, trazendo novas formas de comunicação que puderam estreitar distâncias e amenizar a saudade ou mesmo o stress. Porém, quando usados sem ponderação, podem causar transtornos diversos como, por exemplo: dificuldade de socialização, timidez, alienação, comportamentos agressivos, casos de obesidade e até mesmo acidentes de trânsito.

Os estudiosos da Neurologia afirmam que aparelhos como o celular, os “vídeos games”, ipads e outros fornecem pequenos estímulos que, ao promoverem a produção de substâncias como a dopamina causa sensação de prazer em nosso organismo, podendo então, fazer-nos dependentes. Isso explica o porquê de não conseguirmos nos desligar deles e por isso, carregamos para onde pudermos. O problema tornou-se tão sério que já existem até centros de tratamentos para os transtornos desencadeados em virtude da dependência causada por tais produtos, como, por exemplo, o Centro para Tratamento de Vício em Internet e Tecnologia na cidade de West Hartford.

A dependência é causada porque, a cada mensagem, por exemplo, que recebemos em nossos celulares, ou a cada partida de um jogo eletrônico que vencemos, nosso cérebro registra uma forma de compensação, de reforço positivo que nos faz buscar mais e mais, em virtude da sensação prazerosa que isso nos proporciona.
As crianças e adolescentes tornam-se “presas mais fáceis” pelo seguinte motivo: o nosso cérebro amadurece por etapas e a última a atingir a maturidade é a do córtex pré-frontal que é responsável pelo autocontrole. É o autocontrole que vai nos capacitar a ter domínio sobre os nossos instintos, impulsos. É ele que vai nos dar condições de dizer “não” a algo.

O Programa A Grande Família, no episódio exibido no dia 30 de agosto de 2012, representou com humor, mas com precisão, o quanto a utilização desmedida dos aparelhos em questão pode provocar o distanciamento entre os familiares, inviabilizando o diálogo entre pais e filhos, avós e netos. No episódio, eles tentaram mostrar a importância de resgatar outras formas de diversão, de lazer que ficaram para trás, “enterradas” no passado, mas que colaboram imensamente para o desenvolvimento infantil e porque não dizer o desenvolvimento do ser que já se encontra na fase adulta, já que somos seres com possibilidade constante de amadurecimento.
E como saber qual o momento de limitar o uso de tais invenções? Quando você perceber que elas estão deixando de ser fontes de diversão e transformando-se em fonte de angústia, ou seja, quando você fica triste, deprimido só pelo fato de não conseguir ter acesso a uma internet, quando você fica extremamente irritado porque o seu celular não funciona, quando você faz uma viagem de férias e não consegue sair do quarto do hotel porque prefere ficar jogando o vídeo game que trouxe dentro da mala, enfim, ao perceber que determinado aparelho passou a ser o centro de toda a sua atenção e você ficou isolado das pessoas. Eu diria que, até mesmo muito antes disso, você já deve tomar precauções, dosando a quantidade de horas do seu tempo que você está disponibilizando para cada uma de suas atividades diárias.

E para finalizar, deixo aqui uma sugestão: precisamos mostrar às nossas crianças que tão interessante como um jogo eletrônico é tocar violão, ler livros, fazer palavras cruzadas, brincar de esconde-esconde, de pega-pega, etc. É importante que apresentemos outras alternativas de lazer.
Até nosso próximo encontro,
Thatianny Moreira

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Mensagem aos Visitantes

Aos que visitam o meu blog, em primeiro lugar, sejam bem-vindos!

Em segundo lugar, solicito a colaboração de todos, participando das nossas enquetes que são de extrema importância para a composição de novos artigos. É com base nos resultados dessas enquetes que são extraídas conclusões que servem de orientação para que mais textos sejam produzidos.

Participar das enquetes é muito simples e fácil. Basta selecionar uma das opções oferecidas abaixo da pergunta situada na lateral direita da página de abertura do blog.

As enquetes têm um prazo de duração que, após findado, gera uma estatística que é de extrema importância para a emergência de idéias, a organização de dados e confecção de parágrafos que, juntos, formarão o futuro texto publicado no blog.

Conto com vocês para a continuação de nosso trabalho de elucidação dos  mais diversos assuntos do interesse da sociedade no que se refere à Psicologia.

Um abraço
Thatianny Moreira

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Esclarecimentos sobre abrangência “do objeto” da Psicoterapia:


É comum recebermos ligações de pessoas indagando se há psicólogo que trate especificamente de determinadas questões, como: stress, depressão, dependência química, pânico, agressividade, dentre outros.
Alguns sabem da existência de formações específicas: as denominadas especializações nas quais o profissional se aprofunda em um determinado assunto, “afunilando” sua área de atuação e o público-alvo que pretende atender.

Assim como na Medicina, portanto, onde temos as várias especialidades: pediatria, geriatria, dermatologia, cardiologia, etc, a Psicologia também tem áreas delimitadas de atuação. No entanto, sabemos que o médico tem uma formação geral, completa e que engloba o conhecimento de todas as partes componentes do corpo humano, promovendo-lhe capacidade para entender o funcionamento do organismo como um todo. Da mesma maneira, a Psicologia prepara o profissional para ter um nível de compreensão global a respeito de todas as nuances que envolvem o comportamento humano.

A Psicologia é a ciência que estuda a mente e o comportamento humano. Baseados nesta concepção é que podemos afirmar que todos os fenômenos que se manifestam no ser humano de um modo geral podem ser contemplados pelo olhar do profissional que acompanha uma pessoa em um tratamento de psicoterapia.

Os sintomas são a expressão do que se processa internamente no indivíduo, do que se passa em seu mundo psíquico. Esses sinais se manifestam em um nível concreto por intermédio do que chamamos de comportamento. As reações comportamentais, emocionais do sujeito são nada mais nada menos do que a concretização do que acontece em termos de abstrações em seu universo interno, na sua mente.

Seguindo essa linha de raciocínio, podemos afirmar que todos os profissionais formados em Psicologia estão, teoricamente, capacitados a tratar as mais variadas “mazelas psíquicas” sejam elas uma fobia, um stress pós-traumático, um ataque de agressividade, uma tentativa de suicídio, etc. O que vai mudar é a postura de cada psicólogo, os métodos e técnicas aplicados de acordo com a abordagem teórica que ele elegeu para fundamentar sua atuação. É aqui que entram as várias teorias como: a Gestalt-Terapia, o Psicodrama, a Terapia Cognitiva, a Terapia Comportamental, a Abordagem Centrada na Pessoa, a Psicanálise, dentre outras.

Cada uma das teorias, mencionadas acima, tem seu modo particular de desenvolver o processo de psicoterapia. Elas são norteadas por conceitos que vão orientar a forma do psicólogo conduzir o seu trabalho. Elas servem de base para o profissional traçar o seu plano de ação. Aqui entram em cenas as técnicas que funcionam como instrumentos do trabalho do psicólogo. Vocês já devem ter ouvido falar de alguma: técnicas de dessensibilização, técnicas de relaxamento, inversão de papéis, dramatização, hipnose, regressão, duplo espelho, etc.

Com base no acima exposto, podemos concluir que, a priori, qualquer profissional da área de Psicologia está apto a atender qualquer público seja com qual demanda for. Além disso, o que deve estar em pauta não é o sintoma em si, mas a pessoa. O que deve ser foco é “ a pessoa que sofre” e não a doença.

Espero ter esclarecido as dúvidas referentes ao campo e ao objeto de atuação da Psicologia.
Até nosso próximo encontro.
Thatianny Moreira