
Essas informações são, a
princípio, destituídas de uma organização, de um sentido, de um significado.
Elas são verbalizadas como se não tivessem relação umas com as outras, como se
fossem completamente desconectadas. À medida que o tratamento se desenvolve é
que o paciente vai tornando-se capaz de realizar as associações necessárias e
fundamentais para o processo de ampliação do seu nível de consciência (awareness-
palavra já comentada em um artigo inicial deste blog).
Apenas com o decorrer do tempo, é
que a pessoa vai adquirindo consciência que o habilitará a fazer os links, as
pontes, as associações entre os diversos discursos que ela traz a cada sessão.
É aí, que esse “todo”, inicialmente “desorganizado”, vai tomando forma, ganhando
uma configuração, um formato acabado.
“Os pedaços de fala” do paciente
são como retalhos de uma grande colcha que ainda não tomaram forma, mas que,
com a ajuda do psicólogo, vão sendo, gradativamente, “costurados” até chegarem
a sua forma “total”. Desta maneira, temos como resultado uma grande e elaborada
colcha que, simbolicamente, representa a história de vida da pessoa. Cada um
dos retalhos pode ser interpretado como as várias experiências, fatos,
acontecimentos vivenciados pela por ela ao longo de sua trajetória.
Eis aqui a razão que me motivou a
escolher as laterais do pano de fundo do meu blog: retalhos emendados
configurando um todo, onde cada uma das partes é de especial significância para
o resultado geral: o EU DO INDIVÍDUO, a sua personalidade, quem ele é enquanto
ser no mundo e com o mundo.
Até nosso próximo encontro.
Thatianny Moreira
Thati,
ResponderExcluirVocê foi muito feliz na objetividade e clareza desse texto.PARABÉNS!!!
Carol
Obrigada pelo elogio, Carol! Um abraço.
ExcluirGostei da explicação!
ResponderExcluirMuito legal!