quinta-feira, 12 de julho de 2012

Colcha de Retalhos

. O processo de psicoterapia transcorre em meio a um emaranhado de informações, trazidas pelo paciente, ao setting terapêutico (ambiente onde acontece o tratamento).

Essas informações são, a princípio, destituídas de uma organização, de um sentido, de um significado. Elas são verbalizadas como se não tivessem relação umas com as outras, como se fossem completamente desconectadas. À medida que o tratamento se desenvolve é que o paciente vai tornando-se capaz de realizar as associações necessárias e fundamentais para o processo de ampliação do seu nível de consciência (awareness- palavra já comentada em um artigo inicial deste blog).
Apenas com o decorrer do tempo, é que a pessoa vai adquirindo consciência que o habilitará a fazer os links, as pontes, as associações entre os diversos discursos que ela traz a cada sessão. É aí, que esse “todo”, inicialmente “desorganizado”, vai tomando forma, ganhando uma configuração, um formato acabado.

“Os pedaços de fala” do paciente são como retalhos de uma grande colcha que ainda não tomaram forma, mas que, com a ajuda do psicólogo, vão sendo, gradativamente, “costurados” até chegarem a sua forma “total”. Desta maneira, temos como resultado uma grande e elaborada colcha que, simbolicamente, representa a história de vida da pessoa. Cada um dos retalhos pode ser interpretado como as várias experiências, fatos, acontecimentos vivenciados pela por ela ao longo de sua trajetória.
Eis aqui a razão que me motivou a escolher as laterais do pano de fundo do meu blog: retalhos emendados configurando um todo, onde cada uma das partes é de especial significância para o resultado geral: o EU DO INDIVÍDUO, a sua personalidade, quem ele é enquanto ser no mundo e com o mundo.

Até nosso próximo encontro.
Thatianny Moreira

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