Discorrerei para vocês as razões
que justificam a necessidade do estabelecimento dos limites na vida de um ser
humano.
Como já mencionado no primeiro
texto, vivemos em uma sociedade que é regida por normas. Temos também a lei
para pautar os comportamentos humanos. Em nossos relacionamentos, é necessário
o respeito para que sejam firmadas relações saudáveis e harmoniosas. Em todas
as áreas profissionais, temos códigos de ética, moldando as condutas a fim de
que haja qualidade nos serviços oferecidos e consideração pelo outro. E para
que a pessoa alcance a vida adulta seguindo o mínimo de padrões exigidos para
um convívio em harmonia, a família faz um papel primordial no ensinamento
dessas normas.
A função de educadores tanto dos
pais como dos professores, figuras mais importantes no início da vida de uma
criança, é, portanto, fundamental para a construção de um verdadeiro cidadão.
Um dos motivos de termos
problemas como a psicopatia e a sociopatia é o fato de não serem definidos
limites no trato com os outros. O psicopata e o sociopata são indivíduos que
não aceitam se “enquadrar” nos ditames da lei. Eles são avessos a todo e
qualquer tipo de regras. Eles fazem suas próprias regras e por isso, vivem à
margem da sociedade. Viver à margem não é apenas ser discriminado, posto de
lado, rejeitado pelo meio social. Viver à margem é não ser condizente com o que
é ditado pelas instituições que a regem. Por isso, temos nossas penitenciárias
lotadas. Por isso, temos casos e mais casos de comportamentos anti-sociais.
Devemos então, colocar limites
dentro de nossas casas, dentro de nossas escolas. Isso pode ser feito da
seguinte maneira e pelas seguintes razões:
- Repreenda seu filho no instante
em que ele cometer algo que vai contra as regras, explicando quais são as
regras e qual a finalidade delas existirem;
- Mostre para seu filho o que é
viver em comunidade;
- Eduque o seu filho mesmo que
ele fique por alguns minutos ou horas frustrado, pois a vida é feita também de
frustrações. Nem tudo funciona exatamente do jeito que a gente quer e planeja.
Nossas necessidades nem sempre serão saciadas de imediato. Muitas vezes,
precisaremos de paciência para esperar que elas sejam satisfeitas;
- É dando limites que você
demonstra segurança em suas ações, em suas decisões. Sinalize confiança em si
mesmo, revelando que está seguro no que diz;
- O estabelecimento de limites
faz com que a criança se sinta protegida, amada, pois, no momento que você
define o “até onde ela pode ir”, ela se conscientiza de que há alguém olhando
para ela, observando os passos dela, orientando, cuidando;
- Os limites também ajudam no
processo de formação da identidade do sujeito;
- É tendo regras que você percebe
que os outros, assim como você, também tem necessidades, vontades e elas também
devem ser respeitadas.
Pelo acima exposto, fundamentamos
a importância dos limites em nossas vidas. Eles nos auxiliam inclusive na
resolução de conflitos. Um juiz quando preside uma audiência impõe sua
autoridade para que a ordem seja mantida. Um líder para conduzir uma equipe
define regras que nortearão o caminho que esta deve seguir para chegar aos
objetivos desejados. Um nutricionista limita que tipos de alimentos você deve
ter na sua dieta para que seja obtida uma vida saudável. Um educador físico
controla o número de séries que você deve realizar em um exercício para que não
haja excessos que possam prejudicar seu corpo. Enfim, cada um na sua área,
estabelece os limites necessários para que bons resultados sejam alcançados.
Dessa maneira, também conseguimos relacionamentos saudáveis e comportamentos
sociáveis.
Espero que faça bom proveito do conhecimento adquirido nesse nosso encontro!
Um abraço
Thatianny Moreira
Nenhum comentário:
Postar um comentário