quinta-feira, 14 de junho de 2012

Limites: Por que estabelecê-los?

Conforme acordo que fiz com meus leitores, eis a segunda parte do nosso texto dedicado ao tema “Limites”.
Discorrerei para vocês as razões que justificam a necessidade do estabelecimento dos limites na vida de um ser humano.

Como já mencionado no primeiro texto, vivemos em uma sociedade que é regida por normas. Temos também a lei para pautar os comportamentos humanos. Em nossos relacionamentos, é necessário o respeito para que sejam firmadas relações saudáveis e harmoniosas. Em todas as áreas profissionais, temos códigos de ética, moldando as condutas a fim de que haja qualidade nos serviços oferecidos e consideração pelo outro. E para que a pessoa alcance a vida adulta seguindo o mínimo de padrões exigidos para um convívio em harmonia, a família faz um papel primordial no ensinamento dessas normas.
A função de educadores tanto dos pais como dos professores, figuras mais importantes no início da vida de uma criança, é, portanto, fundamental para a construção de um verdadeiro cidadão.

Um dos motivos de termos problemas como a psicopatia e a sociopatia é o fato de não serem definidos limites no trato com os outros. O psicopata e o sociopata são indivíduos que não aceitam se “enquadrar” nos ditames da lei. Eles são avessos a todo e qualquer tipo de regras. Eles fazem suas próprias regras e por isso, vivem à margem da sociedade. Viver à margem não é apenas ser discriminado, posto de lado, rejeitado pelo meio social. Viver à margem é não ser condizente com o que é ditado pelas instituições que a regem. Por isso, temos nossas penitenciárias lotadas. Por isso, temos casos e mais casos de comportamentos anti-sociais.
Devemos então, colocar limites dentro de nossas casas, dentro de nossas escolas. Isso pode ser feito da seguinte maneira e pelas seguintes razões:

- Repreenda seu filho no instante em que ele cometer algo que vai contra as regras, explicando quais são as regras e qual a finalidade delas existirem;
- Mostre para seu filho o que é viver em comunidade;

- Eduque o seu filho mesmo que ele fique por alguns minutos ou horas frustrado, pois a vida é feita também de frustrações. Nem tudo funciona exatamente do jeito que a gente quer e planeja. Nossas necessidades nem sempre serão saciadas de imediato. Muitas vezes, precisaremos de paciência para esperar que elas sejam satisfeitas;

- É dando limites que você demonstra segurança em suas ações, em suas decisões. Sinalize confiança em si mesmo, revelando que está seguro no que diz;

- O estabelecimento de limites faz com que a criança se sinta protegida, amada, pois, no momento que você define o “até onde ela pode ir”, ela se conscientiza de que há alguém olhando para ela, observando os passos dela, orientando, cuidando;
- Os limites também ajudam no processo de formação da identidade do sujeito;

- É tendo regras que você percebe que os outros, assim como você, também tem necessidades, vontades e elas também devem ser respeitadas.
Pelo acima exposto, fundamentamos a importância dos limites em nossas vidas. Eles nos auxiliam inclusive na resolução de conflitos. Um juiz quando preside uma audiência impõe sua autoridade para que a ordem seja mantida. Um líder para conduzir uma equipe define regras que nortearão o caminho que esta deve seguir para chegar aos objetivos desejados. Um nutricionista limita que tipos de alimentos você deve ter na sua dieta para que seja obtida uma vida saudável. Um educador físico controla o número de séries que você deve realizar em um exercício para que não haja excessos que possam prejudicar seu corpo. Enfim, cada um na sua área, estabelece os limites necessários para que bons resultados sejam alcançados. Dessa maneira, também conseguimos relacionamentos saudáveis e comportamentos sociáveis.

Espero que faça bom proveito do conhecimento adquirido nesse nosso encontro!
Um abraço
Thatianny Moreira

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